A concepção mais comum de território é a de um espaço geográfico delimitado por divisões administrativas, que hoje dão origem a bairros, cidades, estados e países. Ao visualizar os mapas adiante, que ilustram a organização do território brasileiro desde o Período Colonial, observamos as modificações que essa delimitação sofreu ao longo do tempo, fruto de disputas de poder e posse das terras. O território, portanto, não se restringe às fronteiras entre diferentes estados ou países, mas é caracterizado pela ideia de posse, domínio e poder, correspondendo ao espaço geográfico socializado, independentemente da extensão territorial.
Território e risco em saúde
Os riscos são inerentes à condição humana, ou seja, fazem parte da nossa vida. Estão por toda parte, em todo lugar, porém distribuídos de maneira heterogênea no território. As áreas que concentram determinados riscos são denominadas áreas de risco. As áreas de risco, portanto, são partes de um determinado território que, por suas características, apresentam mais chances de que algo indesejado aconteça. A definição da área de risco pode variar conforme o que seja esse algo indesejado. Para a Defesa Civil, por exemplo, tratam-se de locais com maior risco de enchentes ou desmoronamentos. Na Estratégia de Saúde da Família (ESF), consideramos como de risco as áreas em que os moradores, de maneira geral, têm seus níveis de saúde inferiores aos do restante da população do território, apresentam mais chances de adoecer ou, ainda, quando têm a mesma doença que pessoas de outro local, desenvolvem-na em maior gravidade ou com maiores complicações.
Alguns exemplos de condições que definem uma área como sendo de risco são:
- acesso precário a serviços (tratamento da água, tratamento de esgoto, coleta de lixo etc.);
- poluição;
- violência;
- consumo de drogas;
- desemprego;
- analfabetismo.
Na aula de hoje podemos entender o quanto o território é importante para entendermos melhor o usuário e realizar um tratamento mais globalizado.
Referências:
- https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/13957/1/TERRITORIALIZACAO_LIVRO.pdf
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